6 de julho de 2007
Madeira e Venezuela evocam Simon Bolívar, no Faial


Consulado da Venezuela e 'Amigos do Faial' assinalaram Independência da Venezuela
Numa cerimónia simples mas participada, apenas o cônsul-geral da Venezuela usou da palavra.
Data: 06-07-2007
Nada romperá a união entre a Madeira e a Venezuela. A convicção é do cônsul-geral no Funchal, Felix Mendez Correa, e foi expressa ontem durante a cerimónia que assinalou na Madeira o 196.º aniversário da Independência da República Bolivariana da Venezuela. Por sugestão dos responsáveis da Associação Amigos do Faial, sediada em Caracas, o Consulado da Venezuela na Madeira optou por celebrar a independência do seu país naquela freguesia nortenha que, em 2001, recebeu um busto do 'libertador' Simon Bolívar, numa cerimónia presidida pelo então 'número dois' de Chavez, o vice-presidente Vicente Rangel.Num dia maravilhoso e resplandecente, a homenagem da comunidade luso-venezuelana decorreu de forma simples. Depois de uma reunião na Câmara Municipal de Santana, o edil Carlos Pereira e o cônsul-geral Felix Correa dirigiram-se para a Igreja do Faial, onde foi celebrada uma missa de acção de graças e em que participaram vários madeirenses radicados na Venezuela, entre os quais vários membros da Associação Amigos do Faial. Posteriormente, já na presença do secretário regional Manuel António Correia, em representação do Governo Regional, e de Helena Borges, chefe de gabinete do Representante da República, teve lugar a oferenda floral junto do busto de Simon Bolívar. Momento aproveitado pelo cônsul-geral da Venezuela para enaltecer o "libertador, pai de cinco nações" e a amizade existente entre esta Região Autónoma e o seu país. "Nada romperá esta união entre a Madeira e a Venezuela", assegurou Felix Mendez Correa. "Somos uma só nação". Mais ninguém usou da palavra, para além de uma luso-descendente que leu, de forma emotiva, poemas de um livro do escritor venezuelano Andrés Eloy Blanco. A cerimónia ficaria ainda marcada pela entoação do hino da República Bolivariana da Venezuela pela Banda Filarmónica do Faial. Um cocktail num restaurante das imediações encerrou a celebração dos 196 anos da independência da Venezuela, durante o qual os convidados puderam apreciar diversas iguarias típicas e tradicionais daquele país.O acto de ontem revestia-se de alguma expectativa, dada a apreensão indisfarçável em relação às mudanças em curso na Venezuela, país onde estão radicadas muitas famílias madeirenses. No entanto, nenhuma referência directa foi ouvida, até porque o cônsul-geral venezuelano foi o único a usar da palavra. A posição do Governo Regional da Madeira aguardará por outra oportunidade.
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