27 de outubro de 2007
Irmãos Nunes concretizam sonho no Rali do Faial 2007.

Rali Moldebetão/Faial: Alexandre Camacho conquistou os títulos do grupo de Turismo e classe S1600.
No arranque da temporada os dois irmãos Nunes, Miguel e António, definiram como objectivo lutar pelos primeiros cinco lugares, distanciando-se da luta pelo título travada por Vítor Sá, Alexandre Camacho e Filipe Freitas. Em Junho, no Rali de Santa Cruz, o pódio fugiu por uma unha a António Nunes, mas ontem, no Faial, os irmãos concretizaram um sonho que foi ganhando forma ao longo do ano. Alexandre Camacho salvou a época com a conquista do Turismo e a classe S1600.
Surpreendido na sexta-feira pela entrada fulgurante de Sá, no kartódromo, Alexandre Camacho partiu para a última etapa da prova com apenas 0,3 segundos de diferença do líder. Não obstante referir que o objectivo passava apenas pela conquista dos títulos no Turismo e S1600, a verdade é que o piloto do Olca Team não escondeu o desejo de conquistar o seu primeiro título absoluto.Cedo ficou demonstrado que, em condições normais, seria difícil bater Sá, pelo que com o desenrolar da prova, o piloto do Peugeot 206 S1600 apostou em seguir o seu caminho rumo ao outros desideratos traçados. A tarefa ficou mais fácil, sobretudo depois de Filipe Freitas “furar” na primeira passagem por Santana e ficar arredado da luta pelos lugares cimeiros, função que caberia aos irmãos Miguel e António Nunes, a actuarem em casa e a conseguirem bons cronos. Uma penalização de 10 segundos por atraso no controlo horário à entrada para a 4.ª PE, fez Alexandre Camacho perder a segunda posição para Miguel Nunes, depois deste vencer a classificativa de Santana. “Estou muito satisfeito com este segundo lugar e igualmente pelo terceiro do meu irmão. Irmos ao pódio era um sonho e conseguimos realizar na última prova”, declarou Miguel Nunes, recordando que no ínicio da temporada a ambição era mais modesta. O piloto do Olca Team revelou o facto de, no próximo ano, manter a mesma viatura para competição. “Temos de ser realistas e não há dinheiro para mais, pois tudo é mais caro daqui para cima”. No segundo “round” António Nunes beneficiou de outros problemas do Peugeot 206 S1600 de Camacho e assumiu o terceiro lugar do pódio, vendo ainda o seu irmão a reconquistar a “especial” de Santana. O rali compacto não deu margem para erros, condição que permitiu a João Magalhães, campeão da Produção, terminar a competição no quarto posto da geral, depois de sucessivos bons resultados, quiçá pela condição de não estar envolvido nas lutas travadas por outros concorrentes. Alexandre Camacho terminou em quinto a prova do Faial (berço do seu navegador Rui Abreu), com os títulos de Turismo e S1600. “Cumprimos com os objectivos da equipa porque tínhamos delineado a conquista do Turismo e da classe S1600 e penso que o Olca Team está de parabéns, pelo que agradeço à Peugeot Portugal, aos mecânicos e todos aqueles que nos apoiam na estrada”, declarou Camacho na chegada ao Faial. Depois de realçar que, “esta foi uma prova atípica, com muitos contratempos”, o piloto revelou que “temos um projecto para um S2000 já no próximo ano, mas agora vamos ver se conseguimos reunir todas as condições para avançar com isso”. A dupla Aécio Anjo/Pedro Calado, em Citroën C2 S1600, concluiu a última prova na sexta posição, depois de um interessante duelo com Magalhães, à frente de Rui Fernandes mas com uma vantagem de apenas 5,5 segundos. O piloto apoiado pelo JORNAL da MADEIRA, levou o seu Mitsubishi Lancer Evo IX ao sétimo posto, depois de averbar tempos entre os primeiros oito concorrentes.Destaque ainda para as prestações de Elias Gouveia (Mitsubishi Lancer Evo VII), João Ferreira (C2) e João Ricardo (Mitsubishi Lancer Evo VI), pilotos que concluíram a prova entre os 10 primeiros. Contrastes de uma festa vivida no FaialFilipe Freitas incrédulo com o sucedido em SantanaDesalentado com a forma como decorreu a competição, Filipe Freitas, que começou o rali com aspirações a um dos títulos em disputa, mas terminou em 14.º lugar, não deixou de lamentar a falta de sorte passada em Santana.Um furo num dos pneus dianteiros do Renault Clio S1600, logo no ínicio do troço, relegou o piloto do Team de Ralis do CD Nacional para o fundo da tabela.“Não percebo o que se passou, até porque vi a pressão dos pneus e duas curvas depois tinha um furo”, lamentou o piloto. “Vamos tentar para o próximo ano e com este carro atingir os nossos objectivos”, declarou depois à chegada ao Faial.
Subscrever Mensagens [Atom]