24 de abril de 2006
Surpresas nos treinos cronometrados

A 2ª parte do programa de prova referente á 1ª etapa do Troféu de Karting da Madeira iniciou-se com os treinos cronometrados para as 4 categorias: Cadetes, Master, Max Júnior e Max Sénior. Na categoria mais jovem o melhor tempo registado e que determina a posição para a grelha de partida foi obtido por André Santos cronometrado o tempo de 49.700s, seguido de Pedro Paixão (49.960), em terceiro João Leonardo com (50.220).Em 4º Luís Botas (50.280), 5º Guilherme Gouveia (50.340) e sexto João Pinto com (50.340).Seguiram-se Diogo Caires (50.710), Alexandre Bazenga (50.740) João Miguel Ribeiro (51.260). Na 10ª posição Ivo Jesus com (51.350). Nos pilotos que entraram em 2006, o melhor registo foi para Duarte Carvalho (51.930), Angela Quintal (52.510) e na 13ª e ultima posição Valentim Caires com 55.340.Seguiu-se a nova categoria “Master” com Filipe Pires a se destacar dos demais participantes tendo como principal registo 47.870 contra os 47.960 averbado por João Dias.Na 3ª posição Luís Mendes Gomes com 48.170, Carlos Tomás (48.270), Emanuel Nobrega (48.840) e Joel Abreu (49.550).Viramos a página e entramos na categoria Max Júnior com destaque para o “menino prodígio” de seu nome Francisco Abreu.Vindo dos Cadetes onde esteve durante dois anos o campeão regional em título nesta categoria conseguiu o melhor tempo nos cronometrados em 2006 integrado na Max Júnior, 47.030, relegando para 2º lugar outro piloto de renome no karting regional, Miguel Ornelas com o tempo de 47.150, bem como Pedro Diogo. A terceira posição foi ocupada por Diogo Silva com o tempo de (47.390).Seguiram-se Michael Escorcio (47.620), João Nuno Freitas, Pedro Freitas e André Gomes todos com (47.750), nona posição Augusto Silva (47.790), décimo Leah May (48.200) e na cauda da tabela Luís Gomes com (48.710).Finalmente na Max Senior Ana Sofia Correia não deu quaisquer hipóteses ao seus adversários cronometrando o tempo de (45.160), 2ª posição Paulo Gouveia (45.200), 3º Alexandre Mata (45.240). O estreante nesta categoria Rui Fernandes contabilizou 45.590 e ocupou a 4ª posição, em quinto Roberto Capêlo (45.750) e André Mata não conseguiu melhor que a 6ª e última posição com (46.210)
22 de abril de 2006
Francisco Abreu ganhou Open de Portugal

Recorde-se que nessa altura o campeão regional da categoria Cadete em 2005 foi 2.º classificado com o seu conjunto Top Kart/Comer/Vega assistido por Fernando Moreira, da equipa Sul Kart (Loulé), mas um protesto ao vencedor, por ter usado um motor lamelar, proibido na categoria Juvenil, fez com que a classificação tivesse ficado suspensa.
Decorrido praticamente um mês e meio após a realização do Open de Portugal de Karting, a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting julgou procedente o protesto, pelo que Francisco Abreu foi declarado vencedor daquela competição, que foi organizada pelo Vitória Futebol Clube de Setúbal.
Agora, o piloto está prestes a iniciar a época no Troféu de Karting da Madeira, competindo amanhã no Kartódromo do Faial, sendo de destacar que "saltou" da categoria Cadete para a actualmente designada categoria Max Júnior, esperando-se que mantenha a competitividade evidenciada nas duas últimas épocas.
Troféu de Karting arranca com boas perspectivas

Este fim-de-semana(23 e 23 Abril), os motores voltam a trabalhar no Kartódromo do Faial.
Está prestes a começar mais um Troféu de Karting da Madeira. Este fim-de-semana, os motores voltam a trabalhar no Kartódromo do Faial trazendo de volta toda a emoção de uma modalidade que tem muitos adeptos, esperando-se que o aumento significativo do número de participantes possa estar associado à luta, de forma correcta, pelos lugares da frente, em todas as categorias, cujo número passou para quatro devido à entrada da classe Master.
«ESPERO UMA ÉPOCA MUITO COMPETITIVA»
Em jeito de antevisão à nova temporada, o presidente da Associação de Karting da Madeira, Flávio Ribeiro, disse ao DIÁRIO:
«Espero uma época muito competititiva porque, para já, temos uma excelente lista de inscritos. Penso que na categoria Cadete, e devido à experiência dos pilotos que transitaram da época passada, vamos ter corridas muito interessantes. Espero que isso aconteça também na Max Júnior, porque há pilotos que se mantiveram e outros que subiram da Cadete e estes são pilotos de grande valor, que podem mesmo causar alguma surpresa. O mesmo se passa na Max Sénior, em que a maioria dos pilotos participantes já tem experiência do ano passado e como tal a competição deverá ser internaste de acompanhar. Quanto à Master é uma novidade que a AKM quer manter para pilotos que não praticam a modalidade com frequência, mas que podem agora fazê-lo num troféu organizado, com regras, e numa pista com segurança. Ainda que a opção do motor fosse livre, a maioria optou por adquirir os Rotax, não só porque são fáceis de encontrar no mercado mas também porque são bastante fiáveis».
«PISTA DO PORTO SANTO AINDA É HIPÓTESE»
Quanto às infraestruturas, Flávio Ribeiro adiantou que «a pista do Faial está em excelentes condições, uma vez que foi melhorada ao nível de piso ainda antes do início da época passada, e esperamos agora pela construção de um edifício de apoio. Quanto à pista do Porto Santo, apraz-nos registar que vimos com bom olhos a intenção que os responsáveis manifestaram para que ainda se possa lá fazer uma prova este ano, depois da homologação pela FPAK. Há, portanto, essa possibilidade de uma prova no Porto Santo, num circuito muito bonito, que os pilotos gostam bastante».
CAMPEÕES À DEFESA
Dos vencedores do Troféu de Karting da Madeira 2005, dois começam domingo a defesa do título, concretamente Miguel Ornelas, que ganhou a então chamada Júnior Rotax, e Alexandre Mata, que foi o 1.º classificado na Fórmula Rotax. Isto porque se mantiveram nas mesmas categorias e dispõem de boas condições para poderem revalidar os respectivos títulos, apesar de a concorrência ser mais numerosa e estar bem apetrechada.
Novos campeões vai haver na categoria Cadete, já que Francisco Abreu passou para a Max Júnior e também na Master, que é a novidade do Troféu de Karting da Madeira.
Quanto aos regulamentos, são idênticos aos da época passada, com os karts equipados com motor Rotax e pneus Mojo obrigatórios nas categorias Cadete, Max Júnior e Max Sénior, enquanto a marca do chassis é de escolha livre.
Na classe Master, os pneus são Vega, ficando ao critério dos pilotos a escolha e os chassis e motores, desde que estes tenham cilindrada entre os 100 e os 125 cc.
QUATRO "ROOKIES" JUNTAM-SE AO PELOTÃO DOS MAIS NOVOS
A categoria Cadete vai contar inicialmente com 13 pilotos, dos quais quatro são estreantes, nomeadamente Valentim Caires, Duarte Carvalho, Ivo Jesus e Ângela Quintal, que será uma das três concorrentes a participar no Troféu de Karting da Madeira.
Curiosamente - e à excepção da nova classe Master - todas as categorias do troféu têm uma piloto a concorrer com os rapazes: Leah May (Max Júnior) e Ana Sofia Correia (Max Sénior).
SETE "PROMOÇÕES" E UM REGRESSO
No que diz respeito às outras categorias, o destaque vai, como sempre acontece no início de cada temporada, para os pilotos que subiram de escalão. Neste particular, seis transitaram da Cadete para a Max Júnior (o campeão Francisco Abreu, João Nuno Freitas, André Gomes, Augusto Silva, Leah May e Luís Gomes), enquanto da Max Júnior para a Max Sénior passou apenas Rui Fernandes, mas há que referir o regresso de Roberto Capelo, depois de praticamente dois anos a correr fora da Região.
CATEGORIA MASTER É NOVIDADE
Com a inclusão da nova categoria Master, para pilotos com mais de 25 anos, tripulando karts com motor de 100 cc ou 125 cc, o Troféu de Karting da Madeira tem mais um aliciante.
Entre os pilotos que farão parte desta categoria, conta-se Filipe Pires, habitual concorrente do Campeonato de Ralis Coral da Madeira, com provas dadas aos comandos do seu Citroën Saxo, e também Luís Mendes Gomes e Emanuel Nóbrega, pilotos que deixaram a competição no início dos anos 90, altura em que conduziam um Ford Sierra Cosworth e um Renault Clio 16v, respectivamente.
Assim, este domingo vão estar em competição 37 concorrentes, o que se traduz num aumento significativo do número de participantes em relação à época passada e deixa antever muita luta pelos lugares da frente.
20 de abril de 2006
Tomada de Posse da Casa do Povo do Faial
Raul Duarte e o novo Presidente da Direcção da Casa do Povo do Faial.
Decorreu ontem (19/04/2006) a cerimónia de posse dos novos órgãos sociais da Casa do Povo do Faial. Presidiu a este acto o secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais que aproveitou para dizer que as 40 Casas do Povo da RAM receberão este ano um total de 1,6 milhões de euros num contrato-programa que está em fase de conclusão. Manuel António Correia aproveitou o acto de posse para felicitar a anterior direcção, presidida por Rui Abreu, pelo trabalho que fez em prol da freguesia. O papel das Casas do Povo foi novamente salientado pelo secretário, que considerou estas instituições como exemplos de organizações que promovem o desenvolvimento sustentado. As Casas do Povo como instituições próximas das pessoas são bons exemplos de investimentos do Governo Regional. Em relação ao concelho destacou dois aspectos que continuam a marcar a diferença: o património natural e as tradições e cultura. Por sua vez, o edil de Santana frisou a colaboração e apoio da Autarquia no desenvolvimento do plano de actividades da Casa do Povo, que com as novas instalações pode desenvolver iniciativas para toda a população. Raul Duarte, o novo presidente da direcção destacou que uma das principais finalidades da direcção será a dinamização do centro cívico do Faial, uma vez que existem salas para uma série de iniciativas. A realização de exposições e outras iniciativas que possibilitem o desenvolvimento sócio-cultural da população do Faial será uma realidade. Outra área que será contemplada é a formação profissional com a realização de cursos de formação. Um curso de culinária para aproveitar a excelente cozinha que a Casa do Povo possui e cursos de informática arrancarão brevemente. A cooperação de colaboração com a Associação Desportiva e Cultural do Faial e com a junta de freguesia local será uma das ideias a concretizar.
Decorreu ontem (19/04/2006) a cerimónia de posse dos novos órgãos sociais da Casa do Povo do Faial. Presidiu a este acto o secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais que aproveitou para dizer que as 40 Casas do Povo da RAM receberão este ano um total de 1,6 milhões de euros num contrato-programa que está em fase de conclusão. Manuel António Correia aproveitou o acto de posse para felicitar a anterior direcção, presidida por Rui Abreu, pelo trabalho que fez em prol da freguesia. O papel das Casas do Povo foi novamente salientado pelo secretário, que considerou estas instituições como exemplos de organizações que promovem o desenvolvimento sustentado. As Casas do Povo como instituições próximas das pessoas são bons exemplos de investimentos do Governo Regional. Em relação ao concelho destacou dois aspectos que continuam a marcar a diferença: o património natural e as tradições e cultura. Por sua vez, o edil de Santana frisou a colaboração e apoio da Autarquia no desenvolvimento do plano de actividades da Casa do Povo, que com as novas instalações pode desenvolver iniciativas para toda a população. Raul Duarte, o novo presidente da direcção destacou que uma das principais finalidades da direcção será a dinamização do centro cívico do Faial, uma vez que existem salas para uma série de iniciativas. A realização de exposições e outras iniciativas que possibilitem o desenvolvimento sócio-cultural da população do Faial será uma realidade. Outra área que será contemplada é a formação profissional com a realização de cursos de formação. Um curso de culinária para aproveitar a excelente cozinha que a Casa do Povo possui e cursos de informática arrancarão brevemente. A cooperação de colaboração com a Associação Desportiva e Cultural do Faial e com a junta de freguesia local será uma das ideias a concretizar.
5 de abril de 2006
Lançado CD do 24.º festival

O 25.º Festival da Canção do Faial “Vozes do Atlântico”, a 12 de Agosto, seguirá os mesmos moldes dos anos anteriores. A Direcção do Festival da Canção, Hiolanda Vieira, Raul Duarte e Bruno Pereira fizeram a apresentação pública do CD da edição do ano passado. Uma das pequenas alterações, revelou a responsável, é a vinda de um artista ou grupo nacional para uma actuação paralela ao festival.
Hiolanda Vieira disse ontem que a organização do Festival da Canção do Faial “Vozes do Atlântico” está orgulhosa do trabalho que tem feito e que vai continuar com aquele projecto sem grandes alterações. A presidente da Associação Desportiva e Cultural do Faial, entidade organizadora do evento, falava durante a apresentação pública do CD da 24.ª edição do festival, que decorreu ontem na Casa Museu Frederico de Freitas. «Ano após ano a qualidade do festival é maior», disse Iolanda Vieira, dando como exemplo o CD lançado ontem, um disco (editado e masterizado no Paulo Ferraz Studio). Na sua opinião, embora algumas canções se destaquem, o CD é, na sua totalidade, um trabalho de qualidade que resulta do talento dos seus intérpretes, letristas e músicos, bem como da dedicação de toda a equipa envolvida no projecto. «É um registo para a posterioridade», salientou. O disco está, actualmente, à venda na sede da Associação Desportiva e Cultural do Faial, pelo preço de 10 euros, estando prevista, posteriormente, a sua distribuição noutro(s) espaço(s) comerciais. Recorde-se que o festival realizou-se a 20 de Agosto de 2005, tendo concorrido, na altura, dez canções da Madeira, uma em representação do continente e outra dos Açores. Uma das pequenas alterações da edição deste ano do “Vozes do Atlântico”, anunciou a responsável, é a vinda de um artista/grupo nacional para uma actuação paralela ao festival. O nome do artista ou banda ainda se encontra no “segredo dos deuses”. A organização explica que as negociações ainda estão a decorrer. Outra das actividades paralelas ao evento é uma exposição alusiva ao mesmo. O regulamento do 25.º Festival da Canção do Faial “Vozes do Atlântico”, que se realiza a 12 de Agosto, já se encontra disponível, em dois idiomas (português e espanhol) no site: www.adcfaial.org. De referir que o principal objectivo deste festival é ser uma rampa de lançamento de novos talentos na área musical.
Festival da Canção do Faial de 2006

A 25ª edição do Festival da Canção do Faial "Vozes do Atlântico", cujo regulamento encontra-se disponível, terá como atracção um grupo de "qualidade", garantiu Iolanda Vieira, responsável da Associação Desportiva e Cultural do Faial.
4 de abril de 2006
"Aprender karting" contou com 46 estudantes

Depois de um primeiro contacto à pista com a ajuda preciosa dos pilotos madeirenses, os jovens estudantes tiveram a oportunidade de se sentar pela primeira vez ao volante de um karting, uma sensação que acabou por encantar qualquer um, que no final do dia exclamava bem alto «isto é um verdadeiro espectáculo».
Quanto à competição, foi feito uma prova de resistência por equipas e teve a duração de 120 minutos, com trocas de pilotos de 15 em 15 minutos aproximadamente, o que causou um frenesim nas boxes onde Alexandre Camacho foi verdadeiramente extraordinário no apoio e ajuda que foi dando a quem saía e a quem entrava para a pista para efectuar seu turno de condução.
Quanto aos vencedores, a equipa "Roxa", composta pela Joana, Jaime, Bernardo, Mariana e a Catarina foi a grande vencedora, enquanto a equipa "Vermelha", constituída pela Laura, Sérgio, Bráulio, Fred e a Catarina ficaram em segundo. A equipa "Preta" formada por Pedro, Natacha, Sandra e Catarina Pereira conseguiu o último lugar do pódio.
O Inventário da Arquitectura do Açúcar
Independentemente da comemoração que assinala o nascimento de Alexandre Herculano, um grande defensor do património cultural nacional, seria interessante ajustar esta data para sublinhar a necessidade de um inventário da Arquitectura do Açúcar na Madeira.
A Ilha da Madeira deve tanto ao açúcar, como o próprio "doce" extraído da cana acabou por dever ao nosso clima e às nossas condições mesológicas. Do 1.º ciclo açucareiro (séculos XV e XVI) não temos, pelo menos à superfície visível da terra, uma única ruína, estrutura ou coisa construída que nos evidencie o conhecimento tipológico dos engenhos. Todavia, do 2.º ciclo açucareiro (séculos XIX e XX) ainda temos um universo de estruturas visíveis, muitos delas com potencialidade museológica ou turística.
Da Cidade de Machico ao Porto do Moniz e desta localidade, pela via do Norte, ao Porto da Cruz podemos ainda observar muitas fábricas e muitos engenhos de açúcar e de aguardente dos séculos XIX e XX. No entanto, apesar de existiram consideráveis estudos históricos sobre a importância destas unidades industriais no universo social, económico e cultural madeirense não temos, ainda, um inventário sistemático e tecnicamente bem realizado sobre esses imóveis.
Qualquer estratégia que tenha como objectivo a salvaguarda do património cultural requer, "a priori", um estudo de inventário, ou seja, um levantamento exaustivo e actualizado dos edifícios e das ruínas que ainda "povoam" a paisagem cultural madeirense. Não é difícil constatar - pela diversidade e pela quantidade dos imóveis que resistiram ao tempo dos Homens - a importância destas indústrias na economia madeirense. E continuam a tê-lo. Na verdade, a indústria turística, que tão bem tem despertado o PIB Regional, tem sobrevivido pela qualidade oferta da paisagem natural e cultural. Naturalmente que, para além dos outros patrimónios que singularizam o espaço insular (quintas, solares, poios, levadas, casas tradicionais, entre outras), os engenhos assumem essa relação de garantia de qualidade e de autenticidade. Constituem, a meu ver, utilizando uma palavra economicista, uma mais-valia na oferta patrimonial regional. Deste modo, seria imperativo pensar, a curto prazo, num programa de incentivo e de reabilitação destas unidades para fins culturais e turísticos. A preservação do património arquitectónico não implica uma estratégia de recuperação para os mesmos fins de origem dos imóveis.
Saliento, entre outros, os engenhos do Jardim do Mar, do Arco da Calheta, de São Vicente, de Machico, do Faial e da Ponta Delgada. São exemplos carismáticos potenciadores de investimento, considerada a diversidade da oferta e o desenvolvimento da segmentação da oferta turística, preconizada pelo Plano de Ordenamento Turístico da região Autónoma da Madeira.
A realização de um inventário e de um programa de incremento para a preservação da arquitectura do açúcar implica, a meu ver, três directrizes fundamentais: vontade política, articulação institucional e privada e, impreterivelmente, interesse, criatividade e capacidade de coordenação. Mas atenção, o impulso não deverá ser pensado na óptica do turista ou do visitante. Neste caso, o respeito pela memória do madeirense estará em primeiro lugar.
A Ilha da Madeira deve tanto ao açúcar, como o próprio "doce" extraído da cana acabou por dever ao nosso clima e às nossas condições mesológicas. Do 1.º ciclo açucareiro (séculos XV e XVI) não temos, pelo menos à superfície visível da terra, uma única ruína, estrutura ou coisa construída que nos evidencie o conhecimento tipológico dos engenhos. Todavia, do 2.º ciclo açucareiro (séculos XIX e XX) ainda temos um universo de estruturas visíveis, muitos delas com potencialidade museológica ou turística.
Da Cidade de Machico ao Porto do Moniz e desta localidade, pela via do Norte, ao Porto da Cruz podemos ainda observar muitas fábricas e muitos engenhos de açúcar e de aguardente dos séculos XIX e XX. No entanto, apesar de existiram consideráveis estudos históricos sobre a importância destas unidades industriais no universo social, económico e cultural madeirense não temos, ainda, um inventário sistemático e tecnicamente bem realizado sobre esses imóveis.
Qualquer estratégia que tenha como objectivo a salvaguarda do património cultural requer, "a priori", um estudo de inventário, ou seja, um levantamento exaustivo e actualizado dos edifícios e das ruínas que ainda "povoam" a paisagem cultural madeirense. Não é difícil constatar - pela diversidade e pela quantidade dos imóveis que resistiram ao tempo dos Homens - a importância destas indústrias na economia madeirense. E continuam a tê-lo. Na verdade, a indústria turística, que tão bem tem despertado o PIB Regional, tem sobrevivido pela qualidade oferta da paisagem natural e cultural. Naturalmente que, para além dos outros patrimónios que singularizam o espaço insular (quintas, solares, poios, levadas, casas tradicionais, entre outras), os engenhos assumem essa relação de garantia de qualidade e de autenticidade. Constituem, a meu ver, utilizando uma palavra economicista, uma mais-valia na oferta patrimonial regional. Deste modo, seria imperativo pensar, a curto prazo, num programa de incentivo e de reabilitação destas unidades para fins culturais e turísticos. A preservação do património arquitectónico não implica uma estratégia de recuperação para os mesmos fins de origem dos imóveis.
Saliento, entre outros, os engenhos do Jardim do Mar, do Arco da Calheta, de São Vicente, de Machico, do Faial e da Ponta Delgada. São exemplos carismáticos potenciadores de investimento, considerada a diversidade da oferta e o desenvolvimento da segmentação da oferta turística, preconizada pelo Plano de Ordenamento Turístico da região Autónoma da Madeira.
A realização de um inventário e de um programa de incremento para a preservação da arquitectura do açúcar implica, a meu ver, três directrizes fundamentais: vontade política, articulação institucional e privada e, impreterivelmente, interesse, criatividade e capacidade de coordenação. Mas atenção, o impulso não deverá ser pensado na óptica do turista ou do visitante. Neste caso, o respeito pela memória do madeirense estará em primeiro lugar.
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